Olfato e paladar
Os gatos são cegos à nascença e apoiam-se no olfato para localizar a mãe quando precisam de comer. É um dos primeiros sentidos que usam é importante durante o resto da vida. Os odores permitem-lhes comunicar com outros felinos, tarejar problemas e compreender o mundo à sua volta. Os machos marcam o seu território com urina ou usam as glândulas odoríferas do focinho e das patas,deixando feromonas que enviam uma mensagem a outros felinos. As fêmeas férteis usam estes sinais odoríferos para escolher um companheiro, enquanto os machos respeitam a mensagem territorial deixada ou deixam a sua própria marca odorífera para comunicar um desafio. Farejar os sinais odoríferos informa os felinos sobre quem esteve ali e quais são as suas intenções: amigo ou adversário. O olfato dos gatos é aproximadamente catorze vezes mais apurado do que o humano. O que significa que uma caixa de areia que nós exale algum cheiro será opressiva para os nossos felinos, que possuem órgãos nasais muito maiores.
O oflato é tão importante para os gatos, que eles possuem um órgão especial no céu da boca, conhecido como órgão de Jacobson ou órgão vomeronasal. O reflexo de flehmen – quando o gato enrola para trás os lábios e parece fazer uma careta com a boca aberta – envia feromonas e outros odores para o órgão de Jacobson, através do qual os gatos conseguem analisar as moléculas odoríferas inaladas pela boca, em vez de confiarem apenas no seu nariz.
O paladar dos gatos está muito relacionado com o oflato, que a ajuda a decidir, em primeiro lugar, se vale a pena provar algo. Os gatos conseguem distinguir entre salgado, amargo, ácido e doce, e preferem os primeiros três. A maioria dos gatos evita alimentos doces ou, se os ingerirem, sofre de indigestão como consequência.
Orelhas e audição
Os gatos conseguem ouvir uma variedade maior de frequências do que os humanos e a uma distância aproximadamente ao tamanho da sua cabeça e melhor concebidas para capturar os sons. Com grande capacidade para se mexerem, as suas orelhas rodam para capturar mais adequadamente os sons e conseguem mesmo distinguir as mais pequenas variações nos sons, permitindo-lhes saber muito acerca da antes de a verem. Eles ouvem melhor quando estão quietos, é por isso que é recorrente vê-lo parar enquanto as suas orelhas se contorcem para apontarem a localização do som, altura em que o gato retoma o movimento.
As orelhas de um gato giram em direção ao som para capturá-lo e apontar a sua localização, e estudos têm revelado que são capazes de o fazer até três metros de distância em menos de um segundo.
As orelhas dos gatos são impressionantes, mas contribuem para muito mais do que uma audição excelente. O aparelho vestibular, localizado no ouvido interno, é responsável pelo excelente sentido de equilíbrio do gato.
A anatomia de um gato é especifica dos predadores no que diz respeito à visão, audição, tato e olfato. Por exemplo, é necessário uma excelente percepção de profundidade e uma excelente avaliação de distâncias para um caçador perseguir a presa, e os olhos virados para a frente e a visão binocular dos gatos facilitam isso mesmo. Por outro lado, as presas – como os pássaros – normalmente têm os olhos localizados de lado na cabeça. Não precisam de virar as suas cabeças para alterar a relação visual que têm com o objeto, e essa visão periférica ajuda-as a detetar o perigo.
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